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segunda-feira, 23 de abril de 2012
Refrigerantes aumentam o risco de infarto e outras doenças, diz estudo!
domingo, 15 de abril de 2012
Sete dores que não devem ser menosprezadas
Elas avisam: algo está errado. Mas preferimos pensar que vão passar depressa a procurar um médico. É aí que muitas vezes damos de cara com o perigo. Saiba como escapar de um engano.
por Débora Didonê | design Thiago Lyra
por Débora Didonê | design Thiago Lyra
Levante a mão quem nunca se automedicou
por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro,
entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao
médico. Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação
dolorosa sem procurar ajuda. Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli
Ferreira, 45 anos, de São Paulo. "Tomei muito remédio durante três meses
por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois
fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal. Tive de ser
submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem", conta. Segundo
o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São
Paulo, "a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está
acontecendo". A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela,
precisamos ter sempre uma resposta. "Na dúvida, toda dor precisa ser
checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual", aconselha o
cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui,
selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.
Dor de cabeça
Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por
alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E
esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento.
"Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha
esporádica em diária", avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira
Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São
Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que
podem estar relacionadas à hipertensão.
Dor de garganta
Costuma ser causada pela amigdalite de
origem bacteriana ou viral. "Se não for tratada, a amigdalite bacteriana
pode exigir até cirurgia", alerta o otorrinolaringologista Marcelo
Alfredo, do Hospital e Maternidade Beneficiência Portugues de Santo André, na
Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira
bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir
embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser
confundidos, pelos leigos, como simples infecções.
Dor no peito
"Quando o coração padece, a dor é capaz de se
espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos
braços", descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece
quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a
um entupimento das artérias. "A sensação no peito é como a de um
dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico",
explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido
diagnóstico pode salvar a vida.
Dor nas pernas
Muita gente não hesita em culpar as varizes — às
vezes injustamente. "A causa pode ser outra", avisa a fisiatra Lin
Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em
São Paulo. Uma artrose,
por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada,
piora até um ponto quase sem retorno. "Em outros indivíduos a dor vem das
pisadas", explica Lin. "É quando há um erro na posição dos pés ou se
usam calçados inadequados." Sem contar doenças como hipotireoidismo e
diabete, que afetam a circulação nos membros. "Há medicamentos específicos
para resolver a dor nesses casos", diz a reumatologista Solange Mandeli da
Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.
Dor abdominal
Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma
inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se
irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz
diferença. "Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa
bolsa que guarda a bile fabricada no fígado", diz o cirurgião Heinz
Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual —
levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero
cresce e invade outros órgãos. "Uma em cada dez mulheres que vivem
sentindo dor no abdômen tem essa doença", calcula a anestesiologista
Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São
Paulo.
Dor nas costas
A má postura e
o esforço físico podem machucar a coluna lombar. "É uma dor diária,
causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo", diz o geriatra
Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Conviver
com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a
qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. "No caso
desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva", ensina a fisiatra Lin Tchia
Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias
sempre é motivo de visitar o médico.
Dor no corpo
Se ele vive moído, atenção às suas emoções.
A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da
cabeça aos pés. "O que dá as caras no físico é o resultado da dor
psicológica", diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de
Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saáude, em São Paulo. "Quem tem dores
constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver
prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas
de ordem emocional", opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da
Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da
alma também precisam de alívio.
Fonte:www.saudeabril.com.br
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