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domingo, 4 de março de 2012

Nova droga para o tratamento do diabetes ainda não foi aprovada!


O Wall Street Journal informou em edição de 20 de janeiro de 2012, a não aprovação pelo FDA, da Dapaglifozina, droga para tratamento do diabetes tipo 2, dos Laboratórios Astra Zeneca e Bristol Myers Squib’s.
Informações adicionais foram solicitadas pelo FDA que possam permitir uma melhor avaliação da segurança e do perfil de risco/benefício da Dapaglifozina.
Alguns estudos submetidos ao FDA mostraram uma frequência maior que a esperada de câncer de mama e bexiga. Há também a preocupação de maior toxicidade hepática da droga.
Um dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia do diabetes tipo2 é a reabsorção de glicose aumentada no túbulo renal. A reabsorção tubular de glicose é mediada por um transportador de glicose, o SGLT2. A dapaglifozina inibe o SGLT2 e consequentemente a reabsorção de glicose que é excretada pela urina. A excreção urinaria de glicose reduz a glicose no sangue e hemoglobina glicada da ordem de 1%. Possui efeito diurético podendo ter repercussões no melhor controle da pressão arterial o que pode contribuir em reduzir o risco cardiovascular.
Uma curiosidade é o fato de que minha geração aprendeu que um dos primeiros objetivos no tratamento do diabetes é reduzir sintomas, poliúria e polidpsia. A presença de glicosúria era um sinal de descontrole da doença, resultando em emagrecimento, maior risco de infecção urinária, perda de eletrólitos e vitaminas hidrossolúveis. Tornamo-nos professores de universidades e assim continuamos ensinando.
Um conhecimento novo mostra um conceito exatamente ao contrário. Para compreender os benefícios da Dapalglifozina no tratamento do diabetes, essa geração de diabetólogos necessita de no mínimo mudar paradigmas. Aguardemos sua aprovação!
Dr. LaerteDamaceno
Médicoendocrinologista
Editor-Chefe do Portal SBD
FONTE/INFORMAÇÃO - SBD

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