O fator fundamental para diminuir a freqüência das crises e manter a asma sob controle é a conscientização do paciente, da família e pessoas próximas ao asmático, ou seja, todos precisam estar capacitados a lidar com a doença As crises graves de asma podem levar à morte e pesquisas recentes demonstraram que a maioria dos casos fatais ocorreu no caminho para a emergência. Isto poderia ser evitado se houvesse maior conhecimento do paciente, familiares sobre a gravidade dos sintomas e a busca precoce do atendimento emergencial.
Todo paciente com asma deve ter em mãos um “plano de ação”, elaborado pelo médico com um passo a passo sobre o que fazer durante uma crise, além do controle dos sintomas. Os objetivos do tratamento da asma são: Controlar sintomas;
Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer;
Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações;
Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio;
Manter a função pulmonar normal ou a melhor possível;
Minimizar efeitos adversos da medicação;
Prevenir a morte. |
Fonte: Inside Midia, 2005 |
O maior impedimento para que se atinjam objetivos é a falta de adesão ao tratamento recomendado pelo médico, o que muitas vezes é gerado pelo medo de uso de medicações. Mitos como os de que a medicação vicia, a “bombinha” mata e os corticóides engordam, acabam por reduzir o uso das medicações recomendas e afastar os pacientes do controle da asma. ( Sociedade Brasileira de Asmáticos)
USO DE MEDICAMENTOS Todo paciente bem orientado e corretamente medicado deve dispor de dois tipos de medicamento: um para ser usado nos momento da crise (medicamento de alívio), e outro para evitá-la (medicamento de manutenção). O tratamento ideal deve ser estabelecido pelo médico. Uma vez que a asma é uma inflamação, os medicamentos recomendados para o tratamento de manutenção são os antiinflamatórios. Dentre estes, os corticóides inalatórios são o tratamento de escolha para o tratamento da asma. O uso regular dos corticóides inalatórios diminui em longo prazo, a inflamação dos brônquios, o que leva a uma melhora geral da doença, com crises menos freqüentes e de menor intensidade e que podem ser resolvidas mais facilmente com o broncodilatador. |
Fonte: Inside Midia, 2005 |
MANEJO DA ASMA
Medindo o Pico do Fluxo Expiratório Todo paciente asmático deve ter em mãos um aparelho medidor do pico do fluxo expiratório (PFE). Esse aparelho é tão importante quanto um termômetro ou o aparelho de medir a pressão arterial, pois assim como a temperatura e a pressão, a asma pode ser mais bem controlada quando é medida. O medidor do pico do fluxo avalia o fluxo de ar no momento da expiração. Seu médico pode informar qual o valor do PFE esperado para você, tendo por base sua idade, sexo e altura. |
Fonte: Inside Midia, 2005 |
Quando a asma está sob controle, o fluxo de ar é normal ou muito próximo do valor esperado. Porém, mesmo antes da percepção dos sintomas de uma crise de asma, o pico do fluxo expiratório pode estar diminuído, evidenciando a obstrução das vias aéreas. O sistema de semáforo foi estabelecido para ser um guia de ajuda para os pacientes no manejo da asma. Assim que seu PFE for estabelecido, todos os esforços devem ser feitos para manter os valores no mínimo em torno de 80% deste valor. Veja o que cada cor do “semáforo” indica: |
PFE abaixo de 50% do PFE esperado: PERIGO - O controle da asma está falhando. Use seu broncodilatador inalatório. Se o PFE não retornar à zona amarela, entre em contato com seu médico imediatamente, ou inicie o tratamento orientado para os momentos de exacerbação da asma. |
As exacerbações da asma podem ser causadas por uma variedade de desencadeadores estando entre os mais comuns a poluição, os alérgenos presentes no ambiente, alimentos e medicamentos. As mudanças bruscas de temperatura, os exercícios e mesmo as emoções intensas podem desencadear os sintomas da asma. Alguns destes desencadeadores podem ser evitados, como por exemplo, os alérgenos presentes na poeira doméstica. Manter o ambiente sempre limpo e ventilado, evitando o acúmulo de poeira e umidade em móveis, cortinas, carpetes, e ainda promover a lavagem regular de cobertores, roupas de cama e almofadas são boas dicas para deixar as crises de asma bem longe. |
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