O balanço da paralisação dos médicos de planos de
saúde foi positivo, com adesão de cerca de 70% deles, afirmou o diretor de
saúde pública da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso.
"Com essa ação, a população pode conhecer a verdadeira relação entre as
operadoras dos planos de saúde e a classe médica. O descontentamento não se
restringe a população".
Segundo Cardoso, os médicos ainda estão abertos para negociação e, no
prazo de 30 dias, farão uma nova reunião para avaliar os efeitos da paralisação
desta quarta-feira.
Seis meses após a primeira paralisação, os médicos voltaram a suspender
nesta quarta-feira o atendimento aos beneficiários de planos de saúde. Os
profissionais deixarão de atender consultas de algumas operadoras em 23 Estados
e no Distrito Federal. A paralisação vai durar 24 horas e, nesse período, o
atendimento às urgências e emergências será mantido. Os clientes afetados podem
remarcar as consultas.
Em abril deste ano, os médicos fizeram o primeiro boicote às operadoras,
quando interromperam por um dia o atendimento a clientes de todos os planos.
Desta vez, os planos que não negociaram ou não apresentaram propostas
suficientes para atender às reivindicações da categoria são o alvo do protesto.
Os médicos querem o aumento imediato dos
honorários, reajuste fixo anual da remuneração e o fim da interferência das
empresas em sua autonomia. As associações médicas defendem o valor de R$ 60 por
consulta. De acordo com elas, os planos pagam, em média, R$ 40. Segundo a
categoria, as mensalidades dos planos foram reajustadas em 150% nos últimos
anos. No entanto, as operadoras destinam menos de 20% da arrecadação para a
remuneração dos profissionais.
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